Diferenciais entre uma marca forte e uma marca fraca: saiba identificar

Segundo o INPI, órgão responsável por executar no âmbito nacional as normas que regulam a Propriedade Industrial, marca é um sinal distintivo cujas funções principais são identificar a origem e distinguir produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins de origem diversa.

No entanto, qualquer pessoa que tenha um negócio sabe que a marca vai muito além disso, já que é o elo de uma empresa com os consumidores. Muitos acreditam que, para uma marca ser considerada forte, basta que ela esteja presente na cabeça dos clientes e que apareça com frequência nos veículos de comunicação e publicidade.

Perante a Lei 9.279/96, porém, a força de uma marca está, na verdade, relacionada a outros atributos. As chamadas “marcas fracas” são aquelas com maior vulnerabilidade, que são mais difíceis de defender e que apresentam maior risco de serem infringidas pela concorrência. Nesses casos, o INPI não concede exclusividade de uso.

Já as marcas fortes são aquelas onde há mais criatividade e que permitem que os consumidores reconheçam os atributos da empresa. Por isso, se você está construindo um negócio, confira abaixo quais são os fatores que ajudam a entender quando uma marca é fraca e quando ela é forte.

Nome 

Nas marcas fortes: é marcante e exclusivo. Não remete ao ramo de atuação da empresa e opta por sinais evocativos, arbitrários ou fantasiosos. Grandes exemplos nacionais e internacionais são Google, Nike e Itaú.

Nas marcas fracas: é genérico e não se destaca na mente do consumidor. Até pode ser registrado no INPI, mas sem exclusividade para o titular do registro. Alguns exemplos são nomes acompanhados de termos de uso comum ou expressões como “Rei dos Pneus”.

Logotipo 

Nas marcas fortes: é icônico, exclusivo e utiliza cores com propósito. Tem participação evidente na marca, como no caso da gigante Apple, que é instantaneamente associada à maçã que a representa – um sinal que nada tem a ver com o ramo de atuação da empresa.

Nas marcas fracas: usa cores sem propósito, ícones genéricos ou fontes difíceis de ler. São considerados logotipos fracos aqueles com pouca criatividade e inovação. Por isso, o trabalho de um designer pode fazer a diferença na construção da identidade da marca.

Leia também: Como criar um logotipo: dicas e ferramentas que vão ajudar o seu negócio

Trabalho de branding

Nas marcas fortes: é feito de maneira eficiente. As ações de branding executadas pelas marcas fortes contribuem para a construção da percepção do consumidor em relação à empresa de forma positiva. Um bom exemplo é a frase “just do it”, que traz à mente imediatamente a imagem de corredores fitness com tênis de corridas da Nike.

Nas marcas fracas: não trabalham a imagem da marca e ficam “paradas no tempo”. Marcas fracas também podem ser aquelas que ignoram a presença digital e não trabalham o marketing da empresa. Em alguns casos, podem se tornar obsoletas e sofrerem com a caducidade de marca.

Valor calculado da marca

Nas marcas fortes: é alto. As chamadas marcas fortes são registradas no INPI, o que traz diversos benefícios financeiros para um negócio, já que ela se torna um patrimônio imaterial da empresa. Além disso, o registro também gera valor agregado e permite a expansão de franquias e o recebimento de royalties.

Nas marcas fracas: é baixo. Justamente por apresentarem pouca ou nenhuma distinção é que as marcas fracas, geralmente, não são valiosas. Além disso, as chamadas marcas fracas tendem a se diluir no mercado mais rapidamente, já que não conseguem evitar o convívio com outras marcas. 

Agora que você já sabe quais são os diferenciais entre uma marca forte e uma marca fraca, aproveite e confira também como criar elementos distintivos para registro de marca no INPI.

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