Saiba como criar e registrar um infoproduto

Com o aumento do acesso a internet e da digitalização de processos, como os cursos on-line, a geração de produtos digitais, os conhecidos infoprodutos, vem crescendo. Por mais que não seja um material palpável, é fundamental proteger a propriedade intelectual destes conteúdos fazendo os devidos registros.

Para deixar mais claro, é possível definir um infoproduto como um material feito totalmente digital, e que o seu criador pode distribuí-lo de forma gratuita ou não. Conheça alguns tipos de infoprodutos:

Podcast: bastante popular atualmente, os podcasts são um exemplo de infoproduto de áudio. Basicamente, um podcast é um programa de rádio, mas como um diferencial: é possível ouvir, quando, como e onde quiser, usando aplicativos de streaming, como o Spotify. Diariamente são produzidos programas com os mais variados temas, que vão de humor até conteúdo jornalístico;

Webinars: por causa da pandemia da Covid-19, muitos congressos e eventos foram transformados em webinars. Um encontro com debates e discussões, mas feito de forma online e ao vivo. Esse tipo de infoproduto se popularizou bastante, principalmente pela facilidade de trazer convidados dos mais diferentes locais, sem ter a preocupação com a logística toda que um evento gera;

Cursos online: os cursos online também cresceram muito após o início da pandemia. São aulas dos mais diferentes tipos, de idiomas, tecnologia, entre outros. Normalmente, os professores gravam o conteúdo e disponibilizam para os alunos por meio de plataformas, como Alura e Udemy.

Ebook: os livros digitais já são uma tendência e estão entre os tipos de infoprodutos mais conhecidos. Os Ebooks costumam apresentar conteúdos excelentes e aprofundados sobre os mais diferentes assuntos.

Audiobook: os audiobooks são livros narrados. Assim como os podcasts, esse tipo de infoproduto pode ser consumido pelos ouvintes da melhor forma que eles encontrarem.

Como produzir um infoproduto

A produção de um infoproduto exige dedicação, pesquisa e muito trabalho. Além de ter um público bastante exigente, há muita oferta desse tipo de conteúdo. Por isso, é importante que o resultado seja o melhor possível.

Para os infoprodutos de áudio, como os audiobooks e os podcasts, é fundamental ter um microfone de qualidade para criá-los. O som é a principal característica desses materiais e é necessário que ele seja limpo e claro. Além disso, edição e roteiro são dois fatores decisivos, afinal cortes bem feitos e uma ótima linearidade fazem toda a diferença no resultado. Há programas gratuitos, como o Audacity, que servem para gravar e editar os áudios.

No caso dos webinars e produtos audiovisuais, será preciso uma estrutura um pouco maior. O ideal é ter uma produtora que ajude a fazer a transmissão ou gravação. Mesmo assim, há maneiras mais simples. Aplicativos como Google Meets e Zoom têm sido muito utilizados e são excelentes para cursos menores ou com uma estrutura mais modesta.

A produção dos Ebooks é uma das mais trabalhosas. Além de criar um material de excelente qualidade, o processo de diagramação demanda muito tempo e exige habilidade. Por isso, a recomendação é contratar um designer ou diagramador para fazer essa tarefa com perfeição.

Como vender o infoproduto

Após todo o processo de criação do infoproduto, chegou a hora de capitalizar em cima do seu material. Existem diversas maneiras de fazer com que esse conteúdo seja disponibilizado apenas para quem fez o pagamento ou realizou uma assinatura. Ferramentas como Hotmart Sparkle reúnem uma comunidade cheia de possibilidades para quem deseja oferecer seus infoprodutos. 

Para atingir esse público, usar estratégias de marketing digital por meio das redes sociais é uma boa alternativa. E-mail marketing, landing page para as pessoas se inscreverem e baixarem os arquivos, e até mesmo um grupo em aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, pode ser uma forma de levar o seu material para mais pessoas interessadas.

Como fazer o registro de um infoproduto

Mas dentro de todo esse processo, após criar e vender o infoproduto, é preciso proteger todas as informações inseridas no material. Nesse caso, é possível fazer o registro de direito autoral, que diz respeito ao conteúdo em si, e também o de propriedade industrial, que se refere ao registro da marca.

No caso do direito autoral, ele garante a segurança do seu direito quanto criador do material. Já o registro da marca é uma forma do governo gerar uma licença para que apenas você utilize o nome, o conceito, da sua empresa, e ninguém mais.  

Por isso, é muito importante fazer o registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial  (INPI), pois é a principal forma de garantir a segurança dos infoprodutos e evitar o uso indevido do nome e da identidade visual deles. Confira como fazer o registro da marca de um infoproduto:

  • Classifique seu infoproduto: para fazer a solicitação junto ao INPI, você deve informar vários dados sobre a empresa, incluindo o que deseja proteger. Essa classificação é feita de acordo com a “Classificação de Nice”, que conta com 45 categorias para produtos e serviços. Veja como classificar seu infoproduto. Já em relação às formas gráficas, como logos, as marcas podem ser classificadas em quatro diferentes tipos: nominativa, figurativa, mista e tridimensional. Saiba mais.
  • Faça uma pesquisa prévia: esta etapa não é obrigatória, mas evita problemas. Afinal, a legislação deixa claro que uma marca precisa ser distinta das demais.
  • Passe as informações verdadeiras da marca: para uma marca ser registrada, ela precisa ser verdadeira. Dessa forma, você precisa comprovar que exerce de maneira lícita a atividade para a marca a ser registrada. Se houver informações falsas, o INPI pode anulá-la, mesmo sem ter sido registrada e sem chances de recurso ou defesa;
  • Faça o cadastro no portal do INPI e pague a GRU: após todo o primeiro processo, faça o cadastro no site do INPI e informe os seus dados ao preencher o formulário para solicitar o registro de marca. Em seguida, você receberá o login e senha para acessar o portal e-Marcas. Antes de solicitar o registro, você deve pagar uma Guia de Recolhimento da União (GRU), que é gerada no portal do INPI. Basta fazer o download do documento e pagá-lo.
  • Solicite o registro: depois de pagar a GRU, acesse e-Marcas e digite o login e a senha gerados no cadastro. Depois, utilizando o número do documento fornecido na GRU, você tem acesso ao formulário eletrônico, no qual deve inserir as informações essenciais do seu infoproduto para fazer o pedido. Informe tudo, como o tipo da marca, a classe do seu negócio, o nome da empresa e, se for o caso, anexe o logotipo, que deverá estar em formato JPG e ter no máximo 2MB. Feito isso, confirme que você exerce a sua atividade de modo lícito e efetivo e conclua o pedido.
  • Acompanhe o processo: o processo de análise do INPI leva, em média, 8 meses. Durante esse período, fique atento às atualizações e aos prazos, pode ser preciso enviar outros documentos ou fazer o pagamento de taxas extras. Fique de olho na Revista da Propriedade Industrial, publicada semanalmente. Por meio dela, você pode acompanhar o andamento do processo e conferir se houve alguma oposição ao seu registro por meio de concorrentes. Por fim, basta acompanhar e aguardar a conclusão do processo, que pode ser deferido ou indeferido.

Como foi possível perceber, fazer o registro de um infoproduto é bastante trabalhoso e necessita de um auxílio jurídico. Para um procedimento mais tranquilo e seguro, a dica é ter ajuda de uma empresa especializada. A Move On cuida de toda parte burocrática do registro de marca de maneira eficiente, evitando possíveis entraves com o INPI. Entre em contato e saiba o que é preciso para registar o nome do seu infoproduto.

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